Lúcius | 1x03: "O Orgulho do Papai"


Uma obra de: Dolfenian Khallium


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— Eu nunca conheci pessoalmente o pai do Lúcio... — Rafael comenta fitando nos olhos do terapeuta, enquanto está sentado naquele sofá confortável.
Ele toma nota da informação sem fazer comentário algum. É um bom ouvinte e crítico. Sua única postura é de um homem sério, sentado numa poltrona de pernas cruzadas, óculos redondos e muito bem limpos, que chamam muita atenção.
— Você quer dizer... — O terapeuta faz uma pausa. — O Diabo?
— Isso, nunca nos conhecemos, e eu acho meio estranho tudo isso... — Ele responde coçando os pelos de seu queixo que futuramente se tornariam um cavanhaque.
— Realmente, é um pouco estranho tudo isso... — Responde fazendo anotações.
•••
Lúcio está de pé no seu quarto. A sua frente está ele, o tão falado por muitos livros, dono de vários nomes e muitas aparências. Vilão de muitas histórias, e mocinho em algumas...
Ainda está muito escuro, é uma noite fria e as luzes estão apagadas. Rafael está dormindo no quarto ao lado, seu sono é tão pesado que o som do portal se abrindo no chão nem lhe incomoda.
A frente de Lúcio está ele. Ao contrário do que muitos dizem, ele possui uma aparência muito bela. Com o poder de fazer qualquer se apaixonar por sua beleza. Seus olhos castanhos, sem expressão são magníficos e esbanjam um brilho muito lindo. O cabelo liso e social é muito bem penteado, dando um estilo para ele. Seu sorriso é muito belo, com um toque malicioso. Usa um terno preto dando mais estilo ainda. É como se ele fosse a perfeição em termos de beleza.
— Olá... — Diz com sua voz grossa e muito sedutora.
— Quanto tempo, hein? — Lúcio usa o sarcasmo bocejando com muito sono. As palavras saíram de sua boca como se ele não se importasse com quem estaria a sua frente. — Você aqui em cima? Pessoalmente? Deve ter acontecido alguma coisa... Como tá lá em baixo?
Antes que pudesse responder, o lobo de Lúcio entra no quarto e começa a latir desesperadamente, tentando intimidar o próprio Diabo.
Lúcifer revira sua cabeça lentamente, direcionando seus olhos para o cachorro. O pobre animalzinho ao olhar diretamente para escuridão na pupila do rei do Inferno se sente muito ameaçado e foge do quarto como se tivesse sido expulso.
— O que tá acontecendo aí, Lúcio? — Grita Rafael do quarto ao lado.
Teria finalmente acordado, mas a preguiça era muita para ir ver o que está acontecendo.
— Nada demais... Vai dormir... — Responde o garoto ainda encarando os olhos sem expressão de seu pai.
Rafael fica em silêncio, caindo facilmente no sono de novo. Não teria se preocupado tanto, para ele era normal Lúcio acordar de madrugada e fazer alguma coisa, por exemplo: cozinhar ou assistir seus filmes de terror cheios de sangue com volume alto, enquanto dá risada das mortes dos garotos burros. — Uma assustadora risada maléfica.
— Então, o que você quer? — Pergunta o garoto para o seu pai.
— Tenho pensado no tempo que você está passando aqui. Eu já tirei férias, seu irmão também, nada mais justo do que você tirar também. Mas preciso que você faça algo, nós estávamos de férias, porém fazíamos um trabalho ou outro. — Diz batendo seus dedos.
— Quer que eu faça um pacto com algum humano. — O garoto completa franzindo a testa.
— Ou algo do tipo... Provocar o caos, eu sinto falta disso em você... — Ele responde.
— E o que eu ganho com isso? — Pergunta com tédio.
— Aquele prazer que todos nós temos quando algo assim acontece, você sabe do que eu estou falando. Se controlou por muito tempo, tá na hora de libertar a besta um pouco...
— Acho que você tem razão...
O diabo solta um sorriso malicioso. Dá uma leve risada, e em poucos segundos some do quarto a partir do próprio fogo gerado por ele mesmo.
•••
A detetive Thaís está na delegacia, numa sala de interrogação com o assaltante que ele mesma conseguiu pegar a um tempo.
Ele parece estar paranoico. Como se tivesse visto algo muito fora do comum. Seus olhos estão esbugalhados, demonstrando seu pavor. Dificilmente consegue se concentrar em algo.
— Está se sentindo mais calmo agora? — Ela pergunta oferecendo um copo d’água para ele. — O que exatamente aconteceu ali.
Ele finalmente presta atenção na policial. Consegue manter o foco por algum tempo.
— Ele é o demônio! — Grita apavorado.
— Calma, calma. — Tenta tranquiliza-lo. — Você consegue fazer um retrato dele?
— Sim...
•••
Sentado num banco naquele belo pátio da faculdade, aproveitando o lindo dia com um sol muito bom está Rafael.
Pernas cruzadas, concentrado em seu celular. Mal teve tempo de ver que alguém estaria se aproximando.
É uma bela garota, lindas curvas, cabelos lisos e escuros, um sorriso encantador que já era direcionado para Rafael, uma pele morena, linda e lisa. Está usando um vestido curto na cor azul que realça mais ainda sua beleza.
O garoto nota a proximidade dela, mas não fala nada. Ela timidamente se senta ao lado dele ainda estampando seu sorriso.
— Oi. — Diz com sua voz suave.
— Olá. — Responde o garoto sendo amigável.
— Você é novo aqui na UFPR, não é? — Pergunta ela.
— Sim, sim. Primeiro período em arquitetura. — Responde bloqueando a tela de seu celular.
Ela analisa bem Rafael por um todo. Sua beleza é muito visível, e não há como negar seu estilo com roupas. Um jeans marrom com uma simples camisa cinza sem estampa era o suficiente para ele fica bonito.
— Produção audiovisual. — Ela fala estendendo a mão para cumprimenta-lo. — Vanessa Morais.
— Rafael Ferreira. — Cumprimenta a garota.
Antes que os dois pudessem conversar surge Gustavo, o mesmo parece mais sério do que a última vez.
Rafael com um olhar de desconfiado prefere ficar em silêncio. O garoto novamente veio sozinho. E dessa vez não parecia estar fazendo alguma pegadinha.
— Ei, escuta. — Diz o garoto para Rafael. — Eu só queria pedir desculpas pelo que aconteceu...
— Desculpas por fazer o garoto de trouxa no primeiro dia de aula?! — Pergunta Vanessa irritada. — Todo mundo viu, cara!
Ela estaria mais inconformada que o próprio Rafael, e Gustavo parece realmente estar se sentindo culpado e aguenta firme todo o escândalo que a garota faz por Rafael.
— Eu sei, olha a culpa foi minha... — Ele admiti. — Eu só estava querendo me divertir um pouco...
— É assim que você se diverte? — Rafael questiona com um olhar interrogativo.
— Olha, eu só vim para pedir desculpas, você não precisa aceitar, só saiba que a minha parte eu fiz... — Termina deixando os dois.
•••
Lúcio não se sente nenhum pouco confortável tendo que se abrir para alguém, principalmente um homem que faz anotações sobre tudo o que o garoto fala.
— Eu tenho uma certa dificuldade para controlar os meus desejos. — Diz o menino.
— Que desejos? — Pergunta o terapeuta fitando seus olhos em Lúcio.
— Semear o caos...
•••
Lúcio está chegando em frente a uma escola. Um bom lugar para provocar alguma travessura. Tudo o que ele tinha que fazer, era influenciar alguém a praticar um pouco de mal. Pessoas que guardassem rancor e ódio para dentro de si mesmas. E a escola é um lugar cheio disso tudo.
Espera na saída por qualquer aluno que fosse facilmente influenciado. Uma pessoa que Lúcio identificasse que estava precisando se soltar.
— Com licença. — Diz um homem alto bem cuidado usando um terno escuro carregando uma bíblia. — Você já ouviu falar na palavra de Deus? — Pergunta o homem sorrindo inocentemente para o garoto.
Lúcio franze a testa. Não estaria com muita paciência para lhe dar com esse tipo de coisa agora. Mas seu sarcasmo sim.
— Já, ela é linda e me recomendou um champanhe muito bom feito pelo próprio anjo Gabriel. — Ele responde sorrindo sarcasticamente enquanto dá uns tapinhas de leve no ombro do homem, e arruma a gola do terno do mesmo. — Eu sei que você é só um pastor tentando fazer o seu trabalho divino porque acha isso o certo a se fazer, e quer apenas o bem pra todos, mas, pega meio mal um homem alto de terno esperando por crianças em frente a uma escola. A gente sabe como isso terminou da última vez, não é?
O garoto deixa o homem sem nem esperar pela resposta dele. Teria finalmente avistado alguém que lhe chamou atenção.
É uma linda garota. Aparenta ter entre 16 a 17 anos. Cabelos loiros e cacheados, olhos azuis e roupas caríssimas. Parece uma daquelas patricinhas de filmes de Hollywood. Está com muita raiva aparentemente. Dá longos passos de cara fechada, como se estivesse se segurando demais para não fazer algo.
Por ser filho do próprio Diabo, Lúcio tinha algumas boas habilidades, uma delas é poder ouvir os pensamentos negativos das pessoas quando elas estão em um estado de raiva muito grande. E é isso que ele usa para atrair a garota. Em poucos segundos ele já sabia de toda a história. Qual seria o motivo da raiva dela e como resolver.
— Amanda! — Grita Lúcio chamando a garota que estava do outro lado da rua.
A mesma para de caminhar, procurando pela pessoa que teria lhe chamado. Ao olhar para Lúcio, ela acha no mínimo estranho. Como ele sabia seu nome?
Ela atravessa a rua ainda curiosa. A escola estaria logo atrás de Lúcio, a mesma também era o destino dela.
— Quem é você? — Pergunta a garota.
— Um amigo. — Responde Lúcio dando seu sorriso encantador para atrai-la, o que funciona muito bem.
— Como sabe o meu nome? — Ela pergunta curiosa.
— Isso não é importante. — Responde. — O que é importante é o que eu tenho pra você...
O garoto tira magicamente do bolso de sua calça um pen drive preto bem pequeno que antes não estaria ali.
— Isso aqui contém um driver que vai recuperar as gravações das últimas 72 horas que o diretor excluiu. E vai fazer uma cópia de todos os documentos dele.
Lúcio se referia, a uma gravação do laboratório de química que Amanda acabou vendo sem querer enquanto usava o computador da direção para futuramente apresentar o seu trabalho para o coordenador. A gravação tinha uma revelação chocante que poderia mandar o diretor não só para a rua, como para a cadeia também.
As cenas mostravam ele transando com uma aluna do segundo ano em troca de notas escolares. O que foi claramente dito na gravação. O diretor convenceu uma pobre garota a fazer isso, e fez com que ela se sentisse sem opções.
Quando Amanda viu as câmeras, rapidamente foi interrogar o diretor, que apagou as gravações ameaçando expulsar a garota. E fazer de tudo para que ela nunca consiga entrar em qualquer faculdade.
Isso tudo deixou a menina com muito ódio, precisava fazer alguma coisa. Mas não podia, não tinha provas e seu futuro estava ameaçado.
Porém, um garoto estranho apareceu misteriosamente com um pen drive prometendo ajuda-la.
— Como assim? — Pergunta a garota não sabendo como reagir.
— Apenas pegue, insira no computador dele e instale o driver. — Ele entrega o pen drive na mão da menina que fita seus lindos olhos apreciando a beleza do garoto.
— Como eu vou saber que eu posso confiar em você? — Ela questiona voltando um pouco para a realidade.
— Me desculpa. — Fala num tom sarcástico e calmo. — Eu vou embora, e aí você fica esperando um outro cara passar com um pen drive que pode salvar o seu futuro acadêmico e colocar na cadeia o diretor que está te ameaçando...
— Obrigada. — Ela fala guardando o pen drive em sua bolsa. — Mas o que eu preciso dar em troca?
— Nada, apenas expor ele está de bom tamanho, eu quero ver o circo pegar fogo. — Ele brinca. — Tenho que ir agora.
— Espera, espera. — Ela fala segurando na mão de Lúcio enquanto desliza seus dedos nos dele.
O garoto olha bem para sua mão, não gostando tanto da situação. Mas tenta manter a pose.
Ela aproveita o momento para aproximar o seu rosto do dele. Até que beija sua boca sem esperar por algum sinal. Um beijo suave e duradouro. Dando para sentir claramente os lábios do menino. Para ela, o melhor beijo até agora, é uma sensação de prazer muito grande que ela nunca tinha sentido antes. As duas línguas se entrelaçam bem devagar.
Lúcio se afasta um pouco franzindo a testa e interrompendo o beijo. Estaria surpreso pelo desagradável momento para ele porém perfeito para ela.
— O que foi? — Ela pergunta soltando a mão dele.
— Só não faz isso de novo... — Ele fala limpando sua boca com a mão. — Jogamos no mesmo time, beleza?
Ela olha para ele agora bastante constrangida. Por mais que o beijo fosse bom, não foi o que ela esperava.
— Droga! — Ela fala surpresa e um pouco chateada. — Você poderia ter sido o pai dos meus filhos! — Ela fala brincando com um fundo de verdade. — Mas obrigado pelo pen drive.
— Tá.
•••
Rafael chega em casa, são quase 14 horas. Lucio ainda não chegou. Ele precisa comer alguma coisa, a fome é imensa. O garoto tem o péssimo costume de não tomar café da manhã, pois está sempre atrasado.
Joga sua mochila no sofá sem preocupação alguma e prepara um sanduíche. Fenrir sente o cheiro daquele queijo derretido e do hambúrguer frito e em poucos segundos está ao lado de Rafael, lhe encarando com uma cara de cachorro pidão.
— Nem pensar! — Grita o garoto. — Lúcio me mataria!
O garoto então dá um pouco de ração para o lobo que no começo ignora a comida, mas depois acaba comendo com rapidez.
Rafael se deita no sofá, liga a televisão e decide assistir a um filme. Nunca foi fã de filmes de terror, pois sempre teve medo, e escondia isso das pessoas, sendo Lúcio a única pessoa que sabia disso. Mas na sua cabeça, ele precisava superar esse medo.
Achou um que lhe chamou muito atenção. Mal leu a sinopse, apenas deu play e começou a ver.
O filme se inicia, Rafael já está bem aconchegado no sofá, e o sanduíche estava muito bom. O que ele não poderia esperar que acontecesse, é Fenrir pular em cima da barriga dele.
O lobo dá um alto salto depois de tanto encarar o garoto, e se deita ali mesmo, na barriga de Rafael, usando a camisa macia dele como um lençol. Se encolhe ali mesmo ficando de um jeito muito fofo parecendo uma pequena bola de pelos, enquanto Rafael o encara esperando que Fenrir se tocasse, o que não aconteceu, e em poucos segundos o lobinho já estaria dormindo.
— Ele vai me matar... — Rafael sussurra.
Depois de tanto olhar para o lobinho que já está dormindo, ele aceita isso. “Seria uma covardia e tanto acorda-lo agora”, pensa Rafael deixando a situação como está.
•••
Amanda está na sala do diretor. Aproveita o momento do intervalo dele, teria estudado tudo o que ele fazia.
Saia da sala para tomar um café bem quente, passava em todas as turmas do colégio para ver como os alunos estavam, saia da escola para fumar um cigarro. E por fim voltava para sua sala. É mais do que o tempo necessário para ela agir.
Ninguém teria visto a garota entrar na sala. O lugar é bem pequeno por sinal. Sobre a mesa está seu notebook, e ao lado algumas fotos de suas filhas e esposa. Todas sorrindo. Para Amanda, as revelações eram mais do que o necessário, e para Lúcio, isso iria lhe dar um certo prazer, além de que saciaria a vontade de seu pai também.
A garota pluga o pen drive, executando o único arquivo contido nele, sem nem se preocupar em ser um vírus ou algo do tipo.
Mas Lúcio cumpriu sua palavra. O driver se infiltrou nas câmeras recuperando os dados das últimas 72 horas e transferindo para o dispositivo que Lúcio deu.
— O que você está fazendo? — Pergunta uma voz máscula.
A garota sente um frio na barriga instantaneamente. Ao se virar se sente um pouco aliviada por não ser o diretor, mas ainda sim, é encrenca.
Um garoto quase de seu tamanho, bem musculoso, topete social, óculos pretos de grau. Usa uma camisa fazendo referência a Star Wars, e um jeans azul escuro.
O garoto é muito bonito, e aparenta ser nerd, o que quebra o estereótipo de “garoto nerd, seco, cheio de espinhas, feio e com aparelho dentário”.
Ele está franzindo a testa e segura um copo de café bem quente. A feição em seu rosto mostra como ele está curioso com o que a garota estaria fazendo. E dependendo do que ela respondesse poderia ser encrenca.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunta o garoto curioso.
— Eu... — Ela se enrola. — É uma longa história. Preciso ir embora.
A garota não confia nele. O menino parece trabalhar ali com T.I, então as chances de ele entregar ela caso a garota abra a boca são gigantes.
— Acha que é só se livrar de mim assim? — Pergunta o menino. — Está fugindo de quem? — Diz apontando para uma câmera escondida da sala do diretor que capturou tudo.
— Droga! — Ela diz guardando o pen drive em seu bolso sem que ele veja. — O que você quer?
Ele pensa um pouco encarando a garota. Toma um gole de café até ter alguma ideia.
— Você vai me ajudar com o meu trabalho de biologia na minha casa...
A garota respira fundo. Teria entendido perfeitamente o que ele quis dizer com aquilo tudo. Mas era um preço a se pagar. Ele não sabia do pen drive, então ela devia manter a boca fechada. Além de tudo, o garoto é um gato, então não vai ser algo ruim...
•••
São duas horas da manhã. Lúcio estaria dormindo em paz, tranquilamente em sua cama. Roncava um pouco, mas estaria relaxado.
Para seu azar alguém iria interromper o seu sono maravilhoso.
— Lú... — Diz Rafael surgindo encostado na porta do quarto de pijama segurando seu travesseiro.
O garoto se espreguiça um pouco, bocejando até acordar de vez. Olha para o relógio e quase xinga Rafael. Mas o rosto fofo do mesmo impediu o garoto de xingar.
— O que foi? — Pergunta tentando ficar calmo com uma voz tranquila.
— Eu não estou bem... — Responde o menino com uma voz baixa.
Lúcio respira fundo se revirando na cama. Guardando o resto da sua paciência dentro de si.
— Fala pra mim que você não estava tentando assistir algum filme de terror de novo... — Diz o garoto. — Fala sério, quantos anos você tem?
— Não consigo dormir... — Ele diz.
Lúcio novamente respira fundo. Chega um pouco para o lado em sua cama de casal gigantesca.
— Vem. — Fala o garoto bocejando.
Rafael sorri enquanto caminha até a cama, se jogando na mesma, ao lado de Lúcio. O garoto embrulha seu amigo com o mesmo cobertor que o esquenta.
Após algum tempo, Lúcio estava quase caindo no sono novamente, quando lhe veio uma dúvida.
— Qual filme você assistiu? — Pergunta.
— Annabelle. — Ele responde.
Lúcio dá uma leve risada e se vira para o outro canto da cama.
— Filme ruim. — Comenta. — Você ficou com medo de um filme e decidiu que se sentiria mais seguro dormindo ao lado do filho de Satã. Lógica pra quê, né?



CONTINUA...

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