Secret Key | 1x06: "Suspects, Part Two"


Uma obra de: Troye Spears

          FADE IN:

          CENA 01. MANSÃO DE CAMILLA TESS. BIBLIOTECA. INT./TARDE

          Legenda: NO EPISÓDIO ANTERIOR…

          Carl adentra o cômodo, aparentando estar totalmente preocupado e assustado, pálido.
          DIANA - Carl, você tem algum inimigo? Alguém que odeie você?
          CARL - Creio que não.
          DIANA - Pense, Carl.
          CARL - Acho que ninguém me odeia.
          DIANA - Pense mais, Carl. Preciso que pense.
          Depois de alguns segundos de silêncio, Carl fala novamente.
          CARL - Theo parece não gostar da minha presença.
          DIANA - Além de Theo… outra pessoa.
          Após mais alguns segundos em silêncio…
          CARL - Katy. Pode ter ficado magoada com toda a nossa situação no passado. Eu a magoei. Mas não parece estar. Ela é tão amável comigo.
          DIANA - Você acaba de se safar de uma acusação de assassinato.
          CARL - Como assim?!
          DIANA - Como eu suspeitava, o taco nunca foi a arma do crime. Ela foi implantada pelo assassino para levar-nos à você. Carl, você é inocente.
          CARL - Katy é a assassina?!

          FADE OUT.

          FADE IN:


          CENA 02. MANSÃO DE CAMILLA TESS. BIBLIOTECA. INT./TARDE

          DIANA - Não sei, Carl. E você ainda não deixou de ser suspeito, mas creio ser inocente devido às circunstâncias. Mas vou averiguar melhor o caso. Está dispensado.
          Carl deixa o cômodo.

          CENA 03. MANSÃO DE CAMILLA TESS. SALA DE ESTAR. INT./TARDE

          Theo sentado no sofá. Susan vai em sua direção.
          THEO - Tudo bem, Mary?
          SUSAN - Irônica pergunta, visto as circunstâncias.
          THEO - Verdade. Desculpa.
          SUSAN - Fico intrigada com essa sua calma toda.
          THEO - Adianta ficar nervoso?
          Katy adentra o cômodo e senta-se ao lado de Theo.
          KATY - Oi.
          THEO - Oi.
          Theo sorri, de canto.
          SUSAN - Oi. Gente, estou preocupada e extremamente assustada.
          KATY - Com o quê?
          SUSAN - Além de tudo isso estar acontecendo, analisem comigo...
          Diana entra no cômodo, silenciosamente.
          SUSAN - Lembram que o senhor Charles falou de uma pessoa com uma deficiência física? Na mesma noite ele morreu e a Camilla também.
          THEO - Você acha que ele se referia à um de nós?
          SUSAN - Pode ser que sim, não sei.
          KATY - Mas por que ele faria isso?
          SUSAN - Como uma advertência, talvez.
          DIANA - Que história é essa?
          Os três se assustam.
          SUSAN - Bem, o senhor Charles quando esteve aqui nos contou uma história do passado, na qual uma criança matou a outra com uma flecha, propositalmente e que ela tinha uma deficiência física que o faria reconhecê-la até nos dias de hoje.
          DIANA - Hum… Interessante. Vou procurar algo nos arquivos de Charles. Eu era muito amiga dele.
          Diana silencia-se. David aparece.
          DIANA - David, vamos subir. Preciso de você.

          CENA 04. MANSÃO DE CAMILLA TESS. QUARTO PRINCIPAL. INT./TARDE

          Diana e David adentram o quarto.
          DIANA - Você ouviu a história?
          DAVID - Um pouco. Está preocupada?
          DIANA - Está tudo muito estranho, David.
          Diana observa o local e pousa seus olhos sobre uma lareira. Ela se aproxima desta.
          DAVID - Está procurando o quê exatamente?
          DIANA - Uma arma. A real arma do crime.
          Diana analisa duas esferas nas extremidades da grade da lareira.
          DIANA - David, você está com aquele aparelho de impressões digitais?
          DAVID - Sim.
          Diana pega o aparelho e analisa a esfera direita.
          DIANA - Tem algumas impressões digitais nesta.
          Diana analisa a esfera do lado esquerdo.
          DIANA - Nenhuma digital. Elas estão limpas, mas uma tem digitais e a outra não.
          DAVID - Isso significa que…
          DIANA - Dê-me luvas.
          David alcança duas luvas à Diana, que as calça nas mãos. Ela tira a esfera do lado esquerdo do lugar e a analisa.
          DIANA - É bem pesada.
          Ela segue a analisar e percebe uma mancha de sangue no parafuso da esfera.
          DIANA - Tem um parafuso manchado de sangue.
          DAVID - Foi com isso que o assassino a matou?
          DIANA - Sim. Não há outra explicação. Vamos descer.
          Eles deixam o cômodo.

          CENA 05. MANSÃO DE CAMILLA TESS. BIBLIOTECA. INT./NOITE

          Diana e David analisando as anotações do bloco de notas dele. Susan adentra o cômodo.

          SUSAN - Diana, vocês ainda acham que é algum de nós o assassino?
          DIANA - Sim, Susan. É impossível que tenha sido alguém de fora.
          SUSAN - Mas então um de nós é um maníaco?
          DIANA - Exatamente.
          SUSAN - Impossível, detetive. Conheço todos aqui. São todos ótimas pessoas.
          DIANA - Alguns dos mais perigosos criminosos parecem tão sadios quanto qualquer um de nós. Normalmente trata-se de uma obsessão, como se fosse uma ideia que ficasse remoendo no pensamento, e que aos poucos o vai corrompendo.
          SUSAN - Bem, vou me retirar.
          Susan deixa o cômodo e um senhor aparentando ter 60 anos entrou.
          GEROGE - Boa noite.
          DIANA (confusa) - Boa noite…
          GEORGE - Eu sou o advogado de Camilla, George Julius.
          DIANA - Ah, sim. Prazer. Detetive Diana Ross.
          Os dois se cumprimentam.
          DIANA - Como ficará a herança de Camilla Tess?
          GEORGE - Bem, a herança na verdade é de Oliver, não de Camilla. Portanto, devo lhe informar que Camilla estava apenas de usufruto da herança de Oliver, seu marido quando eram vivos.
          DIANA - Então… a herança fica para quem?
          GEORGE - Bom, como lhe informei hoje, a herança tem 20 milhões que serão de Susan. 
          DIANA - Sim, mas e os outros 160 milhões?
          GEORGE - Bem, 80 milhões ficam com o filho adotado do casal, Carl. E os outros 80 milhões, ficam com a esposa dele.
          DIANA - Anna?
          GEORGE - De forma alguma. Ficam para Katherine.
          DIANA - Katy?
          Diana silencia-se e põe-se pensativa.
          DIANA - Ai meu Deus. Isso muda tudo. Anna não é herdeira. Katy que é. Mas a pergunta que fica é: quem sabia disso tudo?
          GEORGE - Bem, sou amigo da família há um tempo e essas questões pareciam bem claras à Carl e Katy.
          DIANA - Então… Anna não sabia. Obrigada, George.

          David sai do cômodo.

          CENA 06. PENHASCO. EXT./NOITE

          David vai ao penhasco na beira do Lago Neville. Ele está um pouco distante da borda, analisando a lua grande e recebendo o vento fresco no rosto. Está próximo à uma árvore. Quando vê, percebe uma mulher de vestido branco correndo em direção à ponta do penhasco, cada vez mais aumentando a velocidade e seus cabelos negros esvoaçados ao vento. David rapidamente corre em direção à ela e, quando ela está prestes a se jogar, David a segura pelo vestido e a puxa de volta. A mulher tenta lutar contra, mas David a impede e a imobiliza. Com o rosto virado para o chão, a mulher chora.

          DAVID - O que houve, moça?
          MULHER - Eu estou com medo. Vão me matar.
          DAVID - Calma.
          MULHER - Vão me matar enforcada.
          David vira a mulher, pondo seu rosto à vista. É Katy.
          KATY - Vão me matar enforcada!

          FADE OUT.

CONTINUA...

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